Alice e Vasco. O gang...
O meu pai é daquelas pessoas que as crianças adoram. Desde sempre.
Nas festas de anos, minhas, dos meus irmãos e dos meus primos, o meu pai era sempre convidado a participar nas brincadeiras.
Com os netos foi a mesma coisa. Antes queriam estar ao colo dele que no dos pais. Sobrinhos netos. Crianças.
Este João tem uma espécie de mel. Qualquer coisa. Não sabemos o quê. Mas que tem, tem....
A Alice não foi excepção. E adora-o desde o primeiro momento.
Só que este mel não se manifesta só nas crianças. Também os animais adoram o meu pai.
É frequente visitarmos algum familiar e o gato deitar-se ao lado do meu pai. Ou o cão.
Joka, o cão do meu primo Diogo, sempre que o meu pai ia à casa de banho esperava por ele à porta.
O pobre do meu pai tinha de fazer xixi sobre pressão.
Ainda não experimentamos com cobras. Mas é bem capaz de as enfeitiçar sem precisar de grandes coisas.
O Vasco, meus amigos. Adora o meu pai.
E estar a morar comigo e com o meu pai na mesma casa deve ser um sonho tornado realidade.
Hoje de manhã o meu pai foi a casa da minha irmã.
A minha mãe ficou comigo porque tem medo que eu não dê conta do recado. Alice, Vasco e perna.
Tem razão. A perna ainda está meia aparvalhada...
Estávamos aqui pela sala.
A minha mãe a ler. O Vasco a dormir. A Alice e eu a brincar no chão.
Toca a campainha.
Levantei-me.
O meu pai. Tinha-se esquecido da chave.
Assim que o meu pai entra em casa. O Vasco acorda e corre para ele. Muito alegre. Demasiado alegre.
O meu pai entra na sala.
Alice estende os braços.
O meu pai pega na Alice e senta-se no sofá.
Em 30 segundos. Não mais do que isso.
O Vasco cumprimenta o meu pai e tira-lhe os óculos.
Alice espeta os dedos nos olhos do meu pai.
Vasco rouba-lhe o relógio...
Estão todos bem. Incluindo o assaltado.
O relógio também já foi recuperado. Em bom estado.