não se pode apressar o amor
5 ovos.
150 g de açúcar artesanal (coco + mascavado).
Com a ajuda de uma batedeira transformo-os numa nuvem.
400 ml de leite de coco.
Envolvo-o na nuvem.
Junto 3 colheres de sopa de farinha de coco.
Incorporo.
Uma chávena de fruta. Hoje usei papaia.
E a nuvem fica pronta.
Pronta. Pronta. Não!
Não se pode apressar o amor.
Numa panela coloco água.
E, em lume muito brando.
A nuvem vai cozer em banho Maria.
Tapada.
Durante 45 minutos a uma hora.
Tanto tempo?
Sim!
Não se pode apressar o amor.
No final vai valer a pena.
Tirar a nuvem do lume e esperar, sem destapar, mais 60 minutos.
Isso é para lá de muito tempo!
Sim, mas....
... não se pode apressar o amor!
Colocar no frigorífico.
O ideal é que passe lá umas 12 horas.
Uma noite...
Cozinhar é um ato de amor. E...
....não se pode apressar o amor...
Daqui a pouco está pronta a mais delicada das sobremesas.
Tal e qual como o amor.
Foi preciso muita persistência para chegar ao ponto certo.
Tal e qual como o amor.
Foi preciso uma combinação perfeita de ingredientes para resultar.
A temperatura. O tempo. Errar! E um dia acertar!
Tal e qual como o amor.
E o amor...
...bem, não se pode apressar o amor.
Daqui a pouco vou servi-la.
O Pedro vai pôr uma música para nos acompanhar.
Vai-me dizer coisas bonitas ao ouvido.
E abraçar. Devagarinho.
Porque não se pode apressar o amor.
A Mariana vai ignorar.
Vai estar a dormir com os bracitos para cima.
Abertos. Como se estivesse a comemorar um golo do Sporting.
O Vasco e a Gabi vão implicar um com o outro.
A Gabi vai chatear o Vasco.
Ele vai responder.
Vão ficar nisto. Até o Vasco se fartar.
A Alice vai aparecer vinda de uma qualquer brincadeira.
Vai dançar a música escolhida pelo pai.
Mas quando perceber vai...
aos gritos. Dizer:
- Também quero! Também quero.
- Sou a primeira. Sou a primeira.
E eu.
Vou agarra-la. E dizer-lhe:
- Calma, Alice. Não se pode apressar o amor. Não se pode apressar o amor.
💚💚
Há três anos no Quiosque!
Um almoço daqueles de cortar os pulsos.
Eu, a minha solteirice e os homens tristes que me apareciam à frente.
Há dois anos no Quiosque!
Uma reflexão sobre estar fora do país e a responsabilidade que sentia!
Não sei se neste momento o Quiosque é lido por alguém que está fora do país como eu estive.
Se sim, um abraço forte....
Há um ano no Kiosk!
Aqueles diazinhos em que a Mariana se chamou Guadalupe!